sábado, 31 de outubro de 2020

Você é responsável por si mesmo, e isso te faz livre!

Você é responsável por si mesmo. Você responde pelos seus atos, assume as consequências das suas ações, das suas palavras e decisões a todo momento. Nada além da sua mente e do seu coração podem lhe dizer o que fazer. Por isso, torne-se uma pessoa livre, alguém capaz de construir o seu próprio destino.

Viktor Frankl dizia que a liberdade não é possível sem o senso de responsabilidade, e essa é uma verdade evidente que sempre esquecemos. Muitos de nós nos consideramos pessoas maduras e autorrealizadas, homens e mulheres com capacidade suficiente para alcançar as metas que nos propomos. No entanto, algo acontece com muita frequência.

Continuamos culpando os outros pelos nossos fracassos, sofrimentos e incômodos. Às vezes, nossa infelicidade é resultado dessa relação dependente e prejudicial (da qual não nos atrevemos a sair). Por exemplo: “Minha insegurança e meus medos devem-se à educação autoritária que meus pais me deram (educação esta que ainda não enfrentei, nem me esforcei para me tornar a pessoa que quero ser)”.

Culpamos os demais pelas coisas que deveríamos enfrentar com responsabilidade. Como dizia o psicoterapeuta Albert Ellis, os melhores anos da nossa vida são aqueles nos quais finalmente assumimos que os problemas são apenas nossos. Nada é culpa da nossa mãe, do meio ambiente ou da política. Quando uma pessoa finalmente percebe isso, assume o controle do seu próprio destino.

Homem observando o pôr do sol

Quando você descobre que é responsável por si mesmo, a sua vida muda

A responsabilidade é uma competência psicológica de grande valia. Confere segurança a quem a utiliza diariamente, define as pessoas comprometidas consigo mesmas que agem de acordo com seus valores, que tomam plena consciência dos seus erros e os corrigem para aprender, para continuar avançando em seu desenvolvimento.

Há quem assuma este princípio muito cedo graças à educação ou personalidade. Entretanto, também é comum ver pessoas que ainda não reconheceram essa competência vital. De fato, esse é um aspecto frequentemente explorado na terapia.

Um exemplo: se há algo verdadeiramente complicado é fazer o paciente perceber que é necessário deixar de focar tanto no que as pessoas ao seu redor fazem ou deixam de fazer, para se concentrar mais em si mesmo.

“Como fazer isso?”, insistem. “Meu chefe está me estressando toda hora, lá vem meu sogro também, aquela amiga narcisista e meu filho adolescente que não para de me pedir dinheiro e não faz nada em casa”. Como podemos supor, às vezes é mais fácil focar no exterior, em projetar a culpa pela nossa infelicidade sobre figuras alheias.

No entanto, o que fazemos para lidar com todos esses conflitos? Será que o nosso papel é apenas o de vítima passiva? Evidentemente, não.

Você é responsável por si mesmo e é obrigado a responder por tudo o que acontece com você

A palavra responsabilidade vem do latim “responsum” e significa “responder diante de algo ou alguém”. Da mesma forma, a partir de um ponto de vista psicológico, essa competência está diretamente vinculada a uma esfera decisiva: o comprometimento.

Portanto, ser responsável por si mesmo implica aprender a tomar decisões que permitam alcançar o bem-estar e a realização pessoal, e, por sua vez, assumir as consequências das ações e saber reagir diante do que acontece ao seu redor sem a necessidade de culpar os outros.

Você também não deve esperar que os demais resolvam os seus problemas. Portanto, se há uma finalidade essencial em toda terapia psicológica, é conseguir fazer com que a pessoa se comprometa com a própria mudança e que se responsabilize por si mesma, sabendo agir sem medo. É um processo complexo, sem dúvidas, mas algo acontece quando conseguimos concluí-lo: nos sentimos livres.

Mulher em floresta de bambus

A responsabilidade pessoal nos torna livres para criar a vida que desejamos

Abraham Maslow estabeleceu o senso de responsabilidade como uma dimensão essencial dentro da pirâmide de necessidades humanas. De fato, em seu livro O homem autorrealizado, ele estabeleceu que, se você desenvolver uma boa responsabilidade pessoal, será capaz de cumprir seus objetivos e atingir a autorrealização. Ou seja, atingirá aquele pico no qual você pode se sentir bem com quem você é, com o que o cerca e o que você está alcançando.

Para fazer isso, para viajar com sucesso por esse caminho, devemos levar alguns aspectos em consideração:

  • Você é livre para escolher o tipo de vida que deseja. No entanto, para alcançar esta vida, deve concentrar todos os recursos, energias e esperanças em si mesmo. Ninguém é obrigado a te ajudar nem a facilitar nada. A responsabilidade é somente sua.
  • Estabeleça metas cotidianas e conquiste-as. Você deve demonstrar diariamente a si mesmo que é capaz de trabalhar pelo seu bem-estar e pelas pessoas que você ama.
  • Se algo te incomoda, tira a sua calma e te atrapalha, resolva. Faça isso o mais rápido possível! Não deixe o tempo passar nem espere que os outros resolvam isso por você.
  • Seja honesto a todo momento: consigo mesmo e com os demais também.
  • Aceite e aprenda com os seus erros.
  • Comprometa-se diariamente em melhorar para ser mais autônomo. Tenha coragem para enfrentar o que teme. Seja assertivo para se defender, humilde para ser capaz de aprender, respeitoso para ser amável consigo mesmo e com quem estiver ao seu redor, mesmo que, às vezes, essas pessoas não ajam como você deseja.

Para concluir, aprender a ser responsável por si mesmo leva tempo e exige um compromisso constante. No entanto, uma vez que conseguimos, a sensação de liberdade é absoluta. E aí, vamos focar nisso?

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Como funciona a mente de um corrupto?

Por mais estranho que pareça, a mente de um corrupto não é um esgoto escuro e indecifrável. Como os fatos mostram, muitas das pessoas que chamamos de “bem-sucedidas” em todos os âmbitos são corruptas. Inclusive, são o tipo de pessoa que muitas empresas ou partidos políticos desejam em seus conselhos administrativos porque têm “aquele algo a mais”.

O psicólogo Jean Twenge, autor do livro Generation Me, diz que a mente de uma pessoa corrupta é habitada pela fascinação diante daquilo que é. São indivíduos “encantados por conhecerem a si mesmos” e muito adaptáveis, justamente pela falta de ética. Eles têm se tornado cada vez mais necessários nos círculos de poder, principalmente durante os últimos 40 anos.

Na mente de um corrupto, as inseguranças que habitam tantos mortais não estão presentes, nem o pessimismo. Ele têm sucesso, em particular, porque nas últimas décadas se consolidou uma espécie de culto a si mesmo, o que torna tolerável o egoísmo e a falta de escrúpulos desses personagens.

Se o vidro não estiver limpo, o que você derramar nele será corrompido.”
-Horacio

Pessoa pagando propina

O egoísmo natural e a ética

Segundo o psicólogo Luis Fernández, professor de psicologia da Universidade de Santiago de Compostela e autor do livro Psicologia da Corrupção e dos Corruptos, todo ser humano nasce com uma semente do mal. Ele diz que se tivermos a oportunidade, vamos burlar as regras sem problemas. E se chegarmos a uma posição de poder, vamos usá-lo para interesses pessoais.

Porém, não é menos verdade que existe um distanciamento entre esse tipo de economia psicológica que nos leva a buscar os caminhos mais fáceis e a falta de escrúpulos da mente de um corrupto. É evidente que nascemos sem ética, ou melhor, que a única ética possível no nascimento é satisfazer as nossas necessidades e desejos sem que haja uma razão a priori para não usar os outros como meros instrumentos.

A ética é formada e cultivada com base na inteligência e na cultura. O treinamento leva à compreensão de que alcançamos mais quando deixamos de nos comportar como uma horda e começamos a somar como parte de uma equipe. Já começamos a aprender desde cedo com jogos e com a convivência familiar.

A partir daí, não é que não saibamos que algumas ações são benéficas individualmente, mas que aprendemos a considerar o outro como parte da paisagem humana que habitamos. Entendemos que precisamos uns dos outros porque, sem ajuda, não teríamos sobrevivido ao nascer e nem poderíamos sobreviver às vicissitudes das doenças, da velhice ou de qualquer tipo de vulnerabilidade sem os demais.

A mente de um corrupto

Não aprendemos a adotar uma atitude construtiva para com os outros sem o amor e a dedicação de adultos imperfeitos, mas generosos e compreensivos o suficiente para nos transmitir a mensagem da civilização. A ética é um aprendizado mental com fortes raízes no afeto.

Na mente de uma pessoa corrupta, essas referências não existem. Ela é construída sobre a falta e a luta contra o mundo pela sobrevivência. Para eles, burlar a regra é um teste de eficiência que deve ser concluído continuamente. Na verdade, fazem dele um jogo com traços de diversão, pois tirar vantagem dos outros é uma forma de se validar.

O corrupto não vê vantagem em respeitar o outro, mas considera isso um obstáculo. Ele nem mesmo tem em sua mente ou no seu coração o conceito de “o outro” como tal. Ele deseja o poder e o dinheiro porque isso cria a ilusão de controle sobre o mundo. Ele não se importa em ter bajuladores em vez de amigos, ou bens em vez de ter um sentido na vida. Os seus interesses devem predominar, mesmo que seja de maneira supérflua.

A mente de um corrupto

Um triunfo passageiro

A mente de uma pessoa corrupta é muito adaptável e funciona perfeitamente, desde que haja um contexto que o leve a burlar a norma. Eles são os eternos geradores de crises para as suas famílias, para as empresas onde trabalham e a sociedade em que vivem. Mas isso não lhes importa. O problema é que, uma hora ou outra, eles vão cometer erros.

O corrupto carrega consigo a semente da sua própria destruição: acredita ser invulnerável. Seu egoísmo o impede de fazer uma avaliação objetiva da realidade. Isso, mais cedo ou mais tarde, torna-se um erro estratégico. É então que ele se torna objeto de desprezo coletivo e a sua solidão é revelada.

A questão que permanece é: por que aqueles ao redor desses corruptos os toleram? As sociedades muitas vezes pensam que nada pode ser feito a respeito. Neste caso, mais cedo ou mais tarde, esse sentimento de desamparo pode se transformar numa indignação ativa que, coletivamente, limita esses tipos de personagens.

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Como voltar à normalidade após uma situação traumática

É possível voltar à normalidade após uma situação traumática? A resposta, por mais estranho que possa parecer, é “não, nem sempre”. Em primeiro lugar, não é possível porque ao colocarmos em prática mecanismos de enfrentamento e cura após eventos como esses, eles certamente nos acompanharão para sempre. E farão isso em forma de estresse, ansiedade, estados depressivos, etc.

Por outro lado, há um aspecto importante a se considerar. Embora seja possível superar os efeitos de um acontecimento traumático, nunca voltaremos a ser os mesmos de antes. Daremos espaço para outro tipo de normalidade, mas isso não quer dizer que seja pior que nosso estado anterior ou que perdemos a nossa qualidade de vida. 

O que vai acontecer é que criaremos um novo “eu”, alguém com novos recursos para lidar com o sofrimento, alguém com mais segurança interna para construir sua própria felicidade e crescer em esperança. Também é recomendável deixar de lado a clássica ideia de que nos tornamos pessoas mais fortes quando passamos por adversidades.

A cura, o ato de superar um evento complexo ou até mesmo traumático, não vem da força. Vem de habilidades, recursos, estratégias, de aprender a ser flexível, resiliente e capaz de aceitar a dor e conviver com ela.

Todos estes processos não são fáceis, e ainda que recuperemos a normalidade que tínhamos, abriremos espaço para novas etapas especiais, igualmente válidas.

Mulher tentando superar trauma

Segredos para voltar à normalidade após uma situação traumática

Os transtornos de estresse pós-traumático ainda são mal compreendidos pela maior parte da população. Assume-se, por exemplo, que estas realidades mentais são vividas principalmente em soldados, em pessoas que estiveram em conflitos armados, ou em quem foi vítima ou presenciou algum ataque terrorista. Não percebemos que esta condição é tristemente comum e que milhões de pessoas no mundo sofrem com ela.

E mais, podemos ter agora mesmo alguém muito perto de nós que vive há anos tendo que lidar com um TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) em silêncio. Experiências como maus-tratos na infância ou em algum relacionamento afetivo, ter sofrido bullying ou mobbing na infância ou no trabalho, sobreviver a um acidente de trânsito ou inclusive a alguma doença grave deixam uma ferida no cérebro que, em muitos casos, pode durar para sempre.

Vamos analisar alguns dados para compreender melhor o efeito e o enfrentamento dos traumas.

Por que é tão difícil se recuperar de um trauma?

Nem todas as pessoas vivem e interpretam as experiências da mesma forma. Um exemplo disso está em pessoas que vivem de forma traumática a perda de um animal de estimação. Outros, no entanto, podem não sentir tanto e substituir o animalzinho em poucos dias após a sua perda.

Contudo, às vezes a vivência adversa pode ser especialmente grave (como sofrer maus-tratos na infância, por exemplo), e nesses casos, o impacto sempre é severo. Brian Levine, cientista do Instituto de Pesquisa Rotman de Baycrest e professor de psicologia na Universidade de Toronto, estudou estas situações.

Em seu livro Memory and Trauma, ele explica que estas vivências geram o que se conhece como “efeito de arraste” no cérebro. Ou seja, determinadas imagens e sensações vividas ficam marcadas na memória emocional de forma intensa.

Não importa a passagem dos dias, semanas, meses ou anos. Estas lembranças ficam impregnadas e geram um efeito de arraste: arrasam com o nosso potencial, com a nossa felicidade, capacidade de tomar decisões e estabelecer vínculos satisfatórios, etc.

Há também quem lide muito bem com o fato de ter sido assaltado e de ter vivido na própria pele um roubo ou sequestro. No entanto, há pessoas que desenvolvem um medo paralisante após esta experiência. Com isso, queremos dizer o seguinte: a maioria de nós pode voltar à normalidade após uma situação traumática, mas algumas pessoas conseguem fazer isso antes porque não vivem a situação com tanto impacto emocional e psicológico.

Homem deitado na cama preocupado

Como voltar à normalidade após uma situação traumática

Como dizíamos no início do texto, embora nos esforcemos para voltar à normalidade após uma situação traumática, a verdade é que muita coisa muda em nós. No entanto, ainda assim, é possível conseguir. E mais, dispomos até mesmo de escalas para medir os efeitos do trauma, como a escala desenvolvida por Tedeshi e Calhoum em 1996.

Com esse instrumento foi possível perceber que, em média, são as mulheres que superam melhor os eventos traumáticos desenvolvendo uma nova apreciação da vida e um novo positivismo. No entanto, para chegar a este estado, é necessário passar pelas seguintes etapas:

  • Devemos dar tempo a nós mesmos após a experiência traumática. Não é possível voltar à normalidade logo após a vivência.
  • É preciso enfrentar a realidade, detalhar o que aconteceu, saber o que sentimos, o que pensamos, e fazer contato com aquilo que dói.
  • Essa viagem de superação não pode ser feita em solidão. É preciso se apoiar em alguém, em uma ou mais pessoas que nos amam e que ofereçam a sua proximidade.
  • Devemos buscar uma terapia psicológica. Há olhares e estratégias muito válidas para tratar o trauma.
  • Para tentar voltar à normalidade após uma situação traumática, também é recomendável criar novas rotinas. O cérebro precisa de hábitos pois é assim que alcançamos a segurança.  
  • É recomendável iniciar novos projetos. Sentir que deixamos certas coisas para trás para assumir novos objetivos proporciona uma sensação de domínio e alimenta, de certa forma, a imaginação e as perspectivas.

Para concluir, estas experiências não são fáceis para ninguém. Tanto é assim que são muitas as pessoas que permanecem presas em transtornos de estresse pós-traumático sem buscar ajuda psicológica. É preciso tratar o que dói para continuar vivendo. Porque não basta sobreviver para ser feliz. É preciso romper as correntes que nos aprisionam.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Os prós e contras de ser um pai permissivo

Ser um pai permissivo não precisa ser algo negativo, embora esses não sejam em si os melhores fundamentos que poderíamos escolher, especialmente se essa tendência for muito forte e não for compensada por outras circunstâncias ou fenômenos, como a capacidade de influenciar a criança ou a fluidez na comunicação.

Independentemente de uma orientação ou outra, de acordo com especialistas como o Dr. Jeff Nalin, fundador do Paradigm Treatment Centers, as crianças precisam saber quem é a figura de autoridade: elas precisam dessa referência para saber o que podem e o que não podem fazer.

Alguns pais excessivamente permissivos podem optar pelo silêncio, não colocam certos limites, por medo da reação do filho diante da frustração que um “não” pode gerar diante de seus caprichos ou desejos. Assim, quando esse contexto ocorre, o peso que outras pessoas, que não sejam os pais, podem ter ao estabelecer limites ganha espaço, torna-se mais importante.

Perigos de ser um pai permissivo

O pai permissivo

Como é um pai permissivo? Sem dúvida, é facilmente identificável. Geralmente é uma pessoa amável, atenciosa com os filhos, bastante afetuosa e que, pela sua incapacidade de estabelecer limites, forma famílias sem estruturas sólidas nas quais o caos e a improvisação tendem a prevalecer. Em resumo, tenta ser o menos diretivo possível, deixando um lugar importante para os desejos da criança.

Em muitos casos, a falta de regras faz com que a criança não perceba que elas existem. Dessa forma, a criança vê o pai como um amigo, não uma autoridade. O preocupante é que os próprios pais tendem a preferir essa situação, priorizando a ausência de conflitos em relação à incerteza ou confusão que muitos limites podem causar.

Os benefícios que os pais permissivos fornecem para a educação dos filhos

Por outro lado, um estilo de criação permissivo tem seus pontos fortes – especialmente para aquelas crianças que desenvolvem um forte senso de responsabilidade desde o início – de acordo com o Dr. Nalin. Por exemplo, a liberdade que a criança tem para explorar pode fazer com que ela enfrente desafios mais cedo, que a realidade atue como um motor de crescimento.

Em geral, muitos filhos que crescem com esse estilo de educação acabam gerando seus próprios pilares de segurança: adotam um esquema de adulto no sentido de começar a se perguntar diante do mundo e da sociedade o que pode e o que não pode ser feito. Assim, às vezes os medos artificiais não existem para eles, da mesma forma que muitos serão menos permissivos ao permitir que alguém ataque seus direitos.

Além disso, são crianças bastante criativas, já que estabelecem menos limites e passam muito tempo fazendo o que gostam, o que as encanta. Assim, podem apresentar uma certa predisposição para aprender algo novo, perdem o medo do castigo e, portanto, também do fracasso. Se não funciona da primeira vez, tentam novamente.

Menino brincando

Os perigos ou fraquezas da paternidade permissiva

Do lado negativo, também encontramos elementos a serem considerados. Por exemplo, a falta de respeito pelas normas sociais em que se baseia a convivência – aquelas que não são estritamente necessárias, mas que tornam a vida em sociedade mais agradável. Se a criança não as internaliza, sua integração social pode ser muito prejudicada.

Também foi demonstrada a propensão a sofrer de ansiedade precoce em crianças com pais permissivos. Isso ocorre porque elas acham difícil trabalhar sob a pressão que os padrões externos podem impor. Cumprir um cronograma, acatar as ordens de um superior ou lidar com os conflitos que se desenham no horizonte com aqueles com quem não concordam.

Em suma, diferentes variáveis ​​influenciam a formação de uma criança. Uma das que têm um efeito mais poderoso é o estilo parental predominante. Uma forma de educar que, em muitos casos, é virtuosa ou errônea em função de outros fatores, como as inclinações da criança.

Assim, uma criança com tendência à responsabilidade e que goza de independência crescerá quando seu ambiente não impor normas ou regras ainda mais rígidas do que aquelas que ela própria impõe. No entanto, isso pode ser contraproducente para uma criança muito impulsiva e com tendência ao caos.

“Sua atitude é desafiadora e um pouco rebelde; é difícil para eles entenderem que nem sempre podem se comportar dessa maneira”.
-Jeff Nalin-

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Insegurança e baixa autoestima: vivendo na corda bamba

Insegurança e baixa autoestima possuem uma relação direta. São muitas as pessoas que vivem nessa corda bamba onde tudo treme, onde se caminha com medo, temendo que a qualquer momento possam vir o terror, a queda e os risos de fundo. A temperança não é a única que falha quando o indivíduo sente que fracassou: quando o desamor toma conta de nós, é impossível ser bem-sucedido em qualquer coisa. Quem dirá na felicidade.

Nathaniel Branden, psicoterapeuta canadense e autor do livro Autoestima e seus seis pilares, apontou em uma determinada ocasião que sem aquela segurança interna que gera a confiança e o afeto autênticos, é impossível enfrentarmos os desafios mais básicos: as relações sociais, o trabalho, a capacidade de ser bem-sucedido, a proteção pessoal e, inclusive, o amor.

Todas essas dimensões tremem, também, no universo das pessoas inseguras e de baixa autoestima. Por outro lado, há um aspecto inegável. O mundo não é bom nem favorável para quem se sente assim. A criança insegura é frequentemente objeto de bullying e maus-tratos na escola. O adulto que não sabe defender seus direitos corre o risco de vivenciar relações de codependência, aquelas que danificam ainda mais a autoestima.

O que pode ser feito nestes casos?

Mulher insegura

Insegurança e baixa autoestima: vivendo na corda bamba

A baixa autoestima sempre tem um custo. Todo o nosso equilíbrio emocional depende desse sustento, desse músculo psicológico que atua como a variável mais importante para o nosso bem-estar. O psiquiatra Luis Rojas-Marcos nos disse, em seu livro Autoestima – Nossa força interior, que um fator explicativo disso estaria no modo como conversamos com os outros.

No entanto, além dos múltiplos fatores que por vezes estão por trás do vínculo entre a insegurança e a baixa autoestima, frequentemente não percebemos a relevância do diálogo interno. Essa conversa consigo mesmo deveria ser sempre amável, afetiva e focada em nossas virtudes. Caso contrário, alimentamos esse desgaste progressivo que sempre acaba afetando a nossa saúde mental.

Afinal de contas, a baixa autoestima é aquela dimensão que orbita grande parte dos transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão. Vejamos mais alguns dados.

O que há por trás da insegurança e da baixa autoestima?

Sabemos que aquilo que dizemos a nós mesmos corrói a autoestima… Mas, por que fazemos isso? Por que as pessoas atuam como seus piores inimigos e desconfiam das suas próprias capacidades? É importante lembrar, em primeiro lugar, que a autoestima não é uma dimensão estável, podendo oscilar e ser afetada pelas nossas experiências.

  • Em muitos casos, a origem está na infância e criação que recebemos. Vínculos de apego inseguros, carências emocionais, isolamento, maus-tratos ou mesmo a hiper-exigência geram uma notável insegurança e falta de autoestima.
  • Por outro lado, também é importante destacar os eventos traumáticos: as perdas, os acidentes, as experiências de bullying e os assédios morais podem danificar esta valiosa dimensão.
  • Tampouco podemos esquecer o impacto que as relações amorosas tóxicas podem ter. O custo de um vínculo baseado em críticas, humilhação, chantagem emocional e ciúmes pode danificar por completo a autoestima e a segurança pessoal de qualquer um de nós.

Como é a pessoa insegura e com baixa autoestima?

Temos uma ideia de que a insegurança e a baixa autoestima são características de pessoas tímidas, evasivas e pouco decididas. Entretanto, esquecemos que estas dimensões, ocasionalmente, podem estar por trás das personalidades agressivas, incluindo as narcisistas. Quando essas pessoas percebem suas carências e fraquezas, podem desenvolver mecanismos de defesa para se proteger e tentar cobrir/preencher estes vazios.

  • Quem não ama a si mesmo experimenta frustração, ansiedade e angústia psicológica, e tudo isso pode se traduzir (às vezes) em agressividade.
  • Em outros casos, pode acontecer justamente o contrário: em vez de empregar condutas agressivas, a pessoa se torna foco de manipulações ao ser vítima, ao não saber se defender, não reclamar pelos seus direitos.
  • A baixa autoestima dissolve potenciais, oportunidades e a própria vida. A falta de confiança em si mesmo nos coloca naquela zona de conforto onde nada acontece, nada ocorre.
  • Por último, mas não menos importante, a insegurança e a baixa autoestima se associam a vários problemas de saúde mental e física.

Algo que vem sendo demonstrado é a estreita relação entre estas dimensões e os transtornos alimentares. Nesse contexto, o Hospital Universitário Infanta Leonor, em Madrid, na Espanha, realizou uma interessante pesquisa na qual a baixa autoestima foi evidenciada como um fator de risco para desenvolver essas sérias condições.

Homem pensativo em parque

Como deixo de ser meu próprio inimigo e desperto a segurança em mim mesmo?

Não se recupera a autoestima de um dia para o outro. Não quando arrastamos, por exemplo, o peso de uma criação traumática, a ferida de ter passado muitos anos sofrendo assédios morais no trabalho ou o sofrimento de sentir na própria pele o impacto de uma relação de codependência. O que podemos fazer nessas situações?

  • A terapia psicológica é o melhor recurso para trabalhar as origens dessas inseguranças. Abordar os fatores desencadeantes e preparar a pessoa com habilidades e ferramentas para melhorar seu diálogo interno é, sem dúvida, a melhor estratégia.
  • Mesmo assim, também é adequado manter um diário com o objetivo de identificar padrões de pensamento pouco saudáveis. Detectar a negatividade, os pensamentos irracionais e aquela voz que atua como carrasca, em vez de cuidadora do nosso potencial, é outro passo indispensável.
  • É interessante, também, colocarmos metas e objetivos simples no dia a dia para que possamos conquistá-los. Estes pequenos avanços vão fortalecendo a nossa segurança.

Por último, é altamente recomendável que iniciemos novos projetos. Às vezes, as mudanças nos colocam em novos cenários em que, quase sem sabermos como, surge um novo “eu”. Alguém que se empolga com a vida e, sobretudo, consigo mesmo.

Este é o segredo.

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4 sinais de alerta em um relacionamento

A relação amorosa que mantemos com nossos parceiros é uma das mais significativas das nossas vidas. Por isso, é fundamental que o vínculo permaneça saudável para que os dois saiam enriquecidos dessa interação. No entanto, em muitas ocasiões, nós ignoramos os sinais de alerta importantes de que algo não está funcionando bem no relacionamento.

Cada etapa da conexão possui características diferentes, mas em todas elas existem certos riscos. Ao nos vincularmos a outro ser humano, adquirimos uma responsabilidade conosco e com o outro. Portanto, temos que nos envolver e trabalhar para que os atritos não desgastem o relacionamento e acabem gerando sofrimento.

A seguir, listamos algumas das situações prejudiciais mais comuns entre os casais. Prestar atenção a esses sinais de alerta nos permitirá compreender o estado do nosso relacionamento e agir de acordo.

Sinais de alerta em um relacionamento

Sinais de alerta em um relacionamento

Isolamento

Isso pode acontecer no início do relacionamento devido ao desejo intenso de vocês dois de estarem juntos o tempo todo, ou pode acontecer mais tarde, por causa da inércia da vida conjunta. Da mesma forma, é possível que essa situação tenha sido alcançada porque o parceiro é excessivamente ciumento ou possessivo, ou pode ser que você tenha preferido dedicar a maior parte do seu tempo ao relacionamento.

Em qualquer caso, este é um dos sinais de alerta mais importantes. Estar em um relacionamento não deve nos levar a perder o contato com nossos entes queridos, a abandonar nossa carreira profissional, nossos hobbies ou o tempo que dedicamos a nós mesmos. Todos esses elementos são essenciais para uma existência saudável e equilibrada, e negligenciá-los pode nos colocar em uma situação de grande dependência emocional.

Desequilíbrio

É comum observar que, em alguns casais, um dos parceiros investe muito mais tempo, esforço e energia na manutenção do relacionamento do que o outro. É sempre a mesma pessoa que cede, que planeja e provê física ou emocionalmente, enquanto a outra se limita a receber, sem nem mesmo agradecer pelo que a outra oferece.

Para que a união seja saudável e enriquecedora, deve ser recíproca. Caso contrário, mais cedo ou mais tarde, o peso será impossível para apenas um dos componentes, que enfrentará a frustração, a tristeza e a sensação de solidão. Isso não significa que tudo deva ser perfeitamente justo em todos os momentos, mas em geral é essencial sentir que ambos estão em um caminho conjunto e compartilhado.

Falta de respeito

O respeito é fundamental em qualquer relacionamento interpessoal, mas ainda mais em um tão significativo quanto este. A falta de respeito pode se manifestar de diferentes maneiras. Desde as mais óbvias, como a violência física ou psicológica, às mais dissimuladas, como zombar do outro ou menosprezar seus interesses, opiniões ou sentimentos.

É preciso deixar claro que a falta de respeito não é aceitável nem tolerável em qualquer situação. Por mais zangados ou frustrados que estejamos, somos adultos e devemos ser capazes de usar outras ferramentas que não ultrapassem a linha vermelha.

Se o seu parceiro faz você se sentir inferior, ridiculariza você, te ignora ou minimiza as suas emoções, não tolere isso. O respeito sempre começa com nós mesmos, ensinando aos outros como eles devem nos tratar.

Comunicação inadequada

Por fim, a comunicação agressiva, passiva ou, em última análise, inadequada é um dos sinais de alerta que não podemos ignorar.

Todos os casais enfrentarão discrepâncias em algum momento do relacionamento, mas se souberem se comunicar, serão capazes de resolver os conflitos sem dor e sem consequências. Por outro lado, a incapacidade de se comunicar de forma honesta e assertiva pode aumentar significativamente a distância entre os dois.

Comunicação inadequada no casal

Como agir diante dos sinais de alerta?

A detecção de qualquer um desses pontos não significa que o relacionamento deva terminar. Porém, é importante não ignorá-los, pois se continuar tudo igual, os problemas podem aumentar. Agir a tempo conversando, modificando comportamentos ou até mesmo buscando ajuda profissional, se necessário, ajudará a curar o relacionamento.

Os relacionamentos humanos são complexos, e os amorosos, principalmente, nos atingem de uma maneira ainda mais significativa. Portanto, todo o trabalho conjunto que se investe no relacionamento repercutirá no aumento do bem-estar de ambos.

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Como incluir o Pilates para Crianças nos Studios?

*Este conteúdo é científico e pode ser utilizado para pesquisas*

Pilates é um Método completo de condicionamento físico que engloba o fortalecimento dos músculos mais profundos aos superficiais, alinhamento postural e ganho de flexibilidade. Estas são características comuns nessa metodologia que ganhou força no Brasil e no mundo.

A metodologia de Joseph Pilates carrega sua essência e recruta adeptos de todos os perfis devido a sua capacidade de adaptação às aulas. Seja para reabilitação ou condicionamento físico, o Pilates se torna uns dos treinamentos mais procurados em studios convencionais e academias. 

Seu leque de exercícios clássicos é vasto e as novas linhas também apresentam possibilidades diversas de exercícios isolados, combinações com acessórios, movimentos acrobáticos e aparelhos suspensos.

“A Contrologia desenvolve o corpo uniformemente, corrige a má postura, restaura a vitalidade física, revigora a mente e eleva o espírito. Na infância, com raras exceções, aproveitamos os benefícios de um desenvolvimento físico natural e normal” (Pilates & Miller, 2010, pg 121).

A abordagem do Mestre Joseph Pilates aqui enfatiza que, raramente iremos ter um crescimento saudável sem estímulos corretos e exercícios apropriados para esta fase. A aplicabilidade do Pilates para crianças era um dos seus desejos quando relatava sobre os benefícios dessa prática.

Tudo isso é certamente atrativo ao público infantil! A abordagem do Pilates para crianças vem ganhando representatividade aos poucos, e o espaço que apresentar este atendimento diferenciado ganhará mais visibilidade, exclusividade e lucro!

Benefícios do Pilates para Crianças na infância

Pais e familiares buscam hoje possibilidades de treinamentos seguros, divertidos e benéficos para o crescimento saudável de seus filhos. O Pilates para crianças além de ser uma atividade altamente segura, ela também é preventiva.

Você sabia que durante a infância as crianças podem apresentar diversos desvios posturais e que toda sobrecarga vivida nessa fase pode acarretar danos na sua vida adulta?

Sim, a falta de estímulos corretos na infância traz inúmeros prejuízos a vida futura dessa criança. O que acarreta também no aumento do índice de adultos sedentários, obesos e com dores crônicas.

Estudos relatam que promover a prática de atividades físicas na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo então para uma melhor qualidade de vida.

O Pilates para crianças é hoje mais uma opção de atividade física específica para as crianças, que proporciona melhora no seu desenvolvimento motor, cognitivo e social.

Mas como iniciar a prática de Pilates para Crianças dentro dos Studios?

Primeiro é necessário o profissional do movimento se atualizar e especializar no público abordado. Lidar com crianças exige do instrutor “jogo de cintura” e muito conhecimento sobre seu desenvolvimento. Dessa forma, o profissional se sentirá qualificado para esta inclusão.

Inserir as crianças nos Studios não demanda ao profissional investimentos extras! Você poderá aproveitar de sua estrutura atual para esta nova abordagem. Mas tenha no ambiente bolas de diversos tamanhos e cores, bexigas, cordas, etc.

Separe suas turmas Kids por faixas etárias. Faz-se necessário uma abordagem diferente a cada idade. Em geral, separar turmas de 4 à 6 anos, de 7 à 9 anos e de 10 à 12 anos é primordial para uma boa condução do Método de forma motivacional e atrativa.

Essas são dicas iniciais e primordiais para iniciar a prática do Pilates para crianças em seu espaço.

Quais as vantagens de aplicar o Pilates para crianças?

As vantagens são inúmeras! Para o profissional, conduzir este Método tão sério com um público tão intenso pode parecer impossível, mas não é! Lidar com crianças é mais simples do que parece. Torna-se também prazeroso por diferentes motivos:

  • Público fiel: crianças criam laços muito fortes com pessoas que fazem parte do seu ciclo de crescimento;
  • Quebra de rotina: o atendimento do Pilates para crianças traz ao profissional novos desafios. Tornar sua aula de Pilates atrativa a este público é o primeiro deles. Por isso, busque especializações e atualizações que te proporcionam diferentes estratégias para esta nova condução do método;
  • Investimento 0: para a atuação com crianças não se faz necessário a compra de outros aparelhos ou acessórios. Você pode utilizar de todos os artifícios já existentes no seu studio;
  • Exclusividade: poder atuar com o máximo possível de perfis dentro do seu espaço traz credibilidade a você e ao seu studio. Torne-se referência no tema! Busque este diferencial!

Existem exercícios preferidos pelas crianças no Pilates Kids?

Essa definição é muito particular, pois isso tem grande variação de idade para idade. Mas em geral, movimentos que simulam posições de animais ou que tem nomenclaturas que estimulam a criatividade da criança sempre chamam mais a atenção.

A seguir exemplifico alguns movimentos do Mat Pilates que eles adoram, como:

The Bicycle

Em decúbito dorsal, realize um rolamento para trás, parecido com o Roll Over. Sustente a região dorsal com as mãos. Faça movimentos cíclicos com os joelhos para cima e para frente, com as pernas no ar.

Swan

Em decúbito ventral, manter as mãos alinhadas ao peitoral. Realizar a extensão de tronco máxima, com o apoio das mãos no solo, mantendo os ombros distantes dos ouvidos (neste exemplo, o exercício foi realizado com o uso da Fitball). .

The One Leg Kick

Em decúbito ventral, manter o antebraço apoiado no solo, com uma leve extensão de tronco e manter um dos joelhos em flexão, apontando os dedos do pé para cima. Realizar o chute de uma perna de forma unilateral.

Shoulder Bridge

Em decúbito dorsal, os joelhos flexionados, evoluir com a retirada da coluna do chão, vértebra por vértebra, contraindo o glúteo e depois volta para a posição inicial.

Quais os exercícios essenciais nas aulas de Pilates para crianças?

Todos os estímulos motores são importantes durante a fase de crescimento. Porém, pontuo como essencial os movimentos que promovam relaxamentos e alongamentos, principalmente da cadeia posterior e exercícios que ativam estabilizadores, para melhora da postura e equilíbrio.

Veja alguns exemplos:

The Spine Strech

The-spine-strech-Pilates-para-criancas

Sentado em cima dos ísquios, afastar levemente as pernas, pés flex e tronco alinhado com braços estendidos na linha dos ombros. Realizar uma flexão de tronco mantendo os braços à frente.

The Saw

Sentado em cima dos ísquios, afastar as pernas ao máximo, pés flex, braços afastados e estendidos na linha dos ombros com coluna ereta. Na Serra faz-se rotação de tronco e inclinação na direção de uma das pernas, levando a mão na direção do pé.

Swimming

Swimming-Pilates-para-Criancas

Em decúbito ventral, manter os membros superiores e inferiores estendidos, com os braços do lado dos ouvidos e pernas unidas. Realizar uma leve extensão de tronco, fazendo simultaneamente o movimento do nado com todos os membros, de forma alternada.

The Side Kick Kneeling

Iniciar de joelhos. Posicione uma das mãos no solo, mantendo o braço estendido. Mantenha-se na lateral, e posicione a outra mão atrás da cabeça. Perna do mesmo lado do braço que está na cabeça, mantém o joelho em extensão, em linha reta com o corpo. Realize o chute para frente e para trás.

Conclusão

Compreendemos através dessa leitura que as atividades físicas na infância são primordiais para um crescimento saudável, sem compensações.

O Pilates para crianças faz parte de um leque de modalidades que desenvolverá o controle do corpo e da mente de forma integrada. Isso resulta na melhora também da autoestima e autoconhecimento. 

O desenvolvimento motor nunca caminha separado do desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Atividades físicas na infância auxiliam na formação de opinião e atitude dessa criança diante de situações no seu dia a dia.

Lidar com crianças é fazer parte da transformação de um ser por completo, e contribuir para um futuro com menos sedentarismo e mais qualidade de vida.

Faça parte desse Universo você também! Clique aqui e conheça agora o meu curso online de Pilates Kids!

 

 

Referências Bibliográficas

LAZZOLI et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev Bras Med Esporte – Vol. 4, n 4, 1998.

Pilates & Miller. A obra completa de Joseph Pilates. Return to Life Contrology na Your Health. Phorte editora. 2010.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A psicologia positiva existencial, segundo Paul T.P. Wong

Para muitos, a psicologia positiva tem um “lado obscuro”. O foco quase exclusivo nas emoções de valor positivo, como a alegria, o entusiasmo e a esperança, pode fazer com que o lado menos amável da vida não receba atenção. Como resposta a isso, surgiu uma nova e valiosa perspectiva: a psicologia positiva existencial.

Seu defensor é Paul T.P. Wong, um psicólogo canadense que lidera a “segunda onda da psicologia positiva”. Esta corrente, mais do que uma reformulação, busca a conscientização de que a infelicidade também existe e de que transitar por ela durante um determinado período é algo normal. Afinal de contas, como bem apontou Albert Camus: “Ninguém alcança a alegria de viver sem ter contato, primeiro, com o sofrimento”.

O que o Dr. Wong nos propõe com sua interessante teoria é uma nova forma de entender o modelo que Martin Seligman estabeleceu nos anos 90, ao permitir a compreensão das bases biológicas do bem-estar psicológico e da felicidade.

É hora de deixarmos de lado as emoções mais hedonistas e convenientes para navegarmos entre as dificuldades até chegarmos a um rumo, a um sentido, a um propósito. Vamos nos aprofundar.

Palestra de Paul T.P. Wong

O que é a psicologia positiva existencial de Paul T.P. Wong?

Há algo que Paul T. P. Wong comenta com frequência em suas palestras: o mundo atual é caótico. Vivemos um presente cheio de dificuldades e temos a necessidade de outra perspectiva terapêutica. A psicologia existencial positiva busca ajudar as pessoas a conseguirem estabilidade e bem-estar, fazendo com que consigam manejar as dificuldades cotidianas e os desafios constantes com os quais nos deparamos.

Desta forma, um ponto de crítica à psicologia positiva e a nomes como Seligman e Mihaly Csikszentmihalyi é o fato de terem se centrado exclusivamente nas áreas mais saudáveis do ser humano. Fatores como a criatividade, o entusiasmo, a esperança ou mesmo a inteligência emocional nos guiam para que possamos extrair o melhor de nós mesmos. Assim, quem trabalha e desenvolve estas capacidades pode alcançar o pico, a autorrealização descrita por Abraham Maslow.

Bom, mas o que acontece quando alguém se sente perdido? O que acontece se eu estiver lidando com uma depressão após a perda de um familiar ou com o abandono do meu parceiro? Nessas circunstâncias, não consigo acender a lâmpada do entusiasmo. Também não é possível despertar minha criatividade, pois minha mente se encontra bloqueada, estagnada no desespero.

São estes os contextos nos quais a psicologia positiva existencial de Paul T. P. Wong adquire sentido.

A coragem e a responsabilidade de enfrentar as dificuldades

A psicologia positiva existencial não busca diminuir a autoridade da psicologia positiva tradicional. Ela vai além, entendendo que, às vezes, é feita uma interpretação simplista daquele modelo, com publicações que frequentemente caem no pensamento mágico de que, se apenas desejarmos, nossas expectativas serão cumpridas. É o que vemos, por exemplo, em O Segredo, de Rhonda Byrne.

O doutor Wong afirma o seguinte: cada um possui o poder de despertar a própria coragem, atitude e valentia para fazer frente à adversidade. Se formos capazes de desenvolver um mecanismo psicológico baseado na resiliência, na capacidade de encontrar um sentido em cada circunstância, será possível almejar a felicidade.

Portanto, a psicologia positiva existencial não diminui o valor da felicidade ou da esperança. As emoções positivas são, na realidade, o motor do ser humano. Não obstante, é preciso dar espaço às emoções de valor negativo e entendê-las.

O existencialismo enquanto pedra fundamental da psicologia positiva existencial de Wong

Há um aspecto muito valioso nesta perspectiva estabelecida em 2011. Ela, sem dúvida, integrou a perspectiva existencial à própria psicologia positiva. Deste modo, agrega-lhe mais sentido, finalidade e utilidade. Assim, tanto filósofos quanto psicólogos existenciais nos lembram de que a vida é cheia de paradoxos, percalços e problemas com os quais devemos lidar.

Fazer frente a estas dimensões é o que nos permite desenvolver recursos psicológicos notáveis. É assim que aumentamos a coragem, é assim como nos comprometemos com o esforço, a superação e o firme compromisso estabelecido entre nós mesmos e a vida. A psicologia positiva existencial supõe que a felicidade autêntica só adquire sentido quando o indivíduo sabe o que é o sofrimento e sabe como enfrentá-lo.

Desta forma, um de seus pilares é a mediação e a busca por estratégias que permitam que as pessoas aprendam a lidar com a perda, medo da morte, decepção, ansiedade, medo, desespero.

Mulher deprimida

Viktor Frankl e a busca por um sentido

Segundo Paul T. P. Wong, a psicologia positiva precisa voltar às suas raízes existenciais-humanistas. Só assim será possível recuperar seu significado de transcendência. E mais: não podemos ajudar alguém a reconstruir sua realidade para alcançar o bem-estar e a felicidade se não nos orientarmos por aquilo que foi ensinado por Viktor Frankl: a busca pelo sentido.

Quando alguém navega pelos oceanos da incerteza e da adversidade, precisa de uma luz. Precisa de um foco, um refúgio, algo que lhe dê sentido e que a incentive a lutar e a não se render. Por isso, o doutor Wong nos incentiva a fazer os seguintes questionamentos:

  • Quem sou eu? O que me define?
  • Como eu poderia ser mais feliz? O que é uma boa vida para mim?
  • Qual é a minha vocação? A que devo dedicar minha vida para me sentir bem?
  • Estou tomando as decisões certas?
  • A que lugar eu pertenço? Por que me sinto tão solitário neste mundo? Onde posso encontrar aceitação? Onde fica a minha casa?
  • O que verdadeiramente me traz sentido?

Para concluir, a psicologia positiva existencial nos traz uma corrente valiosa. Uma que, na verdade, recupera conceitos passados, pilares que foram essenciais para o próprio desenvolvimento da psicologia como ela é. De fato, agora mais do que nunca, neste momento complicado cheio de incertezas e desafios, é importante trabalhar estes princípios.

Precisamos nos lembrar dos nossos propósitos vitais e liberar espaço para as emoções mais complicadas, aquelas que podem incomodar ou doer. Entendê-las nos torna mais sábios. Saber manejá-las nos torna pessoas mais fortes e mais capazes.

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Manchas causadas pelo estresse: quando a pele reage às emoções

Você sabia que algumas manchas podem ser causadas pelo estresse? Vermelhidão, erupções cutâneas, urticária… Na verdade, muitos estados psicológicos extremos se manifestam orgânica e também fisicamente. Na dermatologia, essa relação íntima é bem conhecida; na verdade, é um fenômeno cada vez mais comum, tanto em adultos quanto em crianças.

A intrincada ligação entre a pele e o estresse vem sendo estudada há décadas. A conexão “cérebro-pele” fez com que disciplinas como a psicologia, endocrinologia, neurobiologia e a própria dermatologia colaborassem durante anos para compreender melhor esse fenômeno.

Da mesma forma, um fato óbvio deve ser observado: são condições muito incômodas e até incapacitantes. Às vezes, a vermelhidão intensa e o inchaço da pele do rosto podem limitar a vida social de uma pessoa. As manchas também vêm acompanhadas por uma coceira intensa, escoriações que causam dor e que limitam muito a normalidade do dia a dia.

Vamos entender esse assunto um pouco melhor.

Homem preocupado e estressado

Manchas causadas pelo estresse: o que são, por que aparecem e como tratá-las?

Grande parte das pessoas que sofrem de estresse acabam manifestando alterações cutâneas. As mais comuns são relacionadas à acne. No entanto, um aspecto deve ser ressaltado: essas manifestações só surgem quando esse estado psicológico é mantido intensamente ao longo do tempo.

Não podemos ignorar que a pele é o maior órgão do corpo e também é muito sensível ao nosso humor. Rosácea, dermatite, psoríase e vitiligo são alterações bastante comuns, e as mais tratadas nas consultas de dermatologia.

Vamos nos aprofundar um pouco mais na aparição destas manchas.

Como saber se as manchas que surgiram são causadas pelo estresse?

As manchas provocadas pelo estresse aparecem de um dia para o outro. Elas surgem como um surto e, portanto, a primeira coisa que costumamos pensar é que se trata da manifestação de uma alergia. É muito fácil diferenciá-las das manchas solares, pois estas têm um tom mais acastanhado e se formam com o tempo e aos poucos.

As manchas de estresse geralmente se manifestam da seguinte forma:

  • Têm uma tonalidade avermelhada.
  • São irregulares e surgem em núcleos.
  • Geralmente aparecem no pescoço, tórax e abdômen. Também nos braços e nas pernas.
  • Notaremos a sua aparição porque elas coçam e incomodam ao roçar na roupa.

Por que elas aparecem?

Estados de estresse de alta intensidade mantidos ao longo do tempo nos afetam significativamente. Eles fazem isso de várias maneiras, é verdade, mas o fato de aparecerem manchas repentinas na pele é um fenômeno bastante comum. Vamos analisar as causas do seu aparecimento:

  • O estresse psicológico gera uma resposta inflamatória na pele, causando o aparecimento de manchas e até impedindo a cicatrização de feridas. É o que revela um estudo realizado na Universidade de Berlim pelos médicos Robert Maioff e Yingh Shen.
  • Também sabemos que esses estados de estresse aumentam a adrenalina no sangue e, com ela, o cortisol.
  • Esse hormônio prejudica o equilíbrio interno da pele e provoca o aparecimento de seborreia e bactérias.
  • Se semanas ou meses se passarem sem controlar esse estado psicológico, vários processos começam a ser desencadeados devido ao nível excessivo de cortisol.
  • Sofremos alterações hormonais, acumulam-se toxinas e iniciam-se processos inflamatórios. A pele é o maior órgão do corpo, e também o mais sensível a essas alterações hormonais. 
  • Sabemos, por exemplo, que o vitiligo, embora seja uma doença autoimune e geralmente tenha um componente genético, pode ser agravado pelo estresse. Isso acontece quando o próprio sistema imunológico ataca as células da pele que produzem melanina. Daí as clássicas manchas brancas.
  • A rosácea é outra doença de pele que também pode surgir com o estresse e como uma reação à inflamação causada pelo excesso de cortisol.
Mulher de olhos fechados diante do sol

Como tratar as manchas causadas pelo estresse?

As manchas provocadas pelo estresse podem aparecer a qualquer momento. Sempre que passamos por um momento em que esse estado psicológico é uma constante, corremos o risco de sofrer alguma alteração cutânea. Então, o que podemos fazer nessas circunstâncias? Vamos ver alguns conselhos:

  • O mais adequado é ir ao médico e descartar outras patologias.
  • Em geral, são prescritos anti-histamínicos para reduzir a inflamação e a coceira.
  • Além disso, há algo óbvio: se não controlarmos o estresse, o nervosismo continuará presente, assim como a coceira, o desconforto e o risco de surgirem mais manchas.
  • Devemos quebrar o ciclo. Para isso, a terapia cognitivo-comportamental é muito útil: ela trabalha os pensamentos e ideias disfuncionais que intensificam o desconforto.
  • Também é apropriado estabelecer rotinas que incluam momentos de descanso, lazer e desconexão física e mental.
  • Praticar algum tipo de exercício moderado pode ser de grande ajuda.
  • É importante cuidar da alimentação: reduza o consumo de gordura saturada, alimentos processados, farinha branca, álcool e bebidas estimulantes como o café.

Para concluir, não vamos negligenciar o impacto das emoções, preocupações e estados psicológicos na saúde da pele. Quando o corpo fala, é nossa obrigação compreender a mensagem e encontrar uma solução para a situação.

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O Despertar de uma Paixão: a história de um amor nascido do desencontro

Baseado no romance de William Somerset Maugham, O Véu Pintado, O Despertar de uma Paixão foi gravado duas vezes antes da versão de 2006. Em 1934, foi uma vitrine para Greta Garbo, enquanto Eleanor Parker protagonizou a versão de 1957. A terceira adaptação para o cinema foi a oportunidade para Naomi Watts interpretar Kitty Garstin, a heroína feminina tão imperfeita de Maugham.

O choque cultural e as expectativas pouco realistas são os pilares de O Despertar de uma Paixão, uma história de época fascinante, onde a infidelidade e a culpa formam uma balsa em uma impactante jornada emocional. Edward Norton e Naomi Watts produziram e estrelaram esta versão cinematográfica do romance de Maugham.

Quando os recém-casados ​​deixam a Inglaterra para abraçar uma nova vida em Xangai, sua jornada vai além da distância. As paixões ocultas são reveladas à medida que a vida dá uma guinada inesperada; o que inicialmente parece um ato de vingança se torna a criação dos personagens centrais.

O que significa o título original, O Véu Pintado?

O romance Ode ao Vento Oeste começa com uma citação que daria origem ao nome do filme. É um soneto do poeta inglês Percy Bysshe Shelley (1792-1822), marido da famosa Mary Shelley (criadora de Frankenstein), que escreveu um poema que começa com as seguintes palavras: Não retire o véu pintado que aqueles que vivem chamam de Vida”.

Um véu é um símbolo da separação entre a vida e a morte em várias culturas. Shelley nos adverte para não levantarmos o véu porque não há nada lá. Também significa que cada pessoa molda sua vida (o véu) de acordo com suas próprias crenças (suas cores ociosas). Para Shelley, os seres humanos são véus pintados sob os quais escondemos nosso verdadeiro eu.

É disso que trata O Véu Pintado, ou O Despertar de uma Paixão, um jogo de máscaras, de não ser o que aparentamos ser ou de ser uma pálida imagem de quem somos. De se apaixonar por um ideal e, somente quando levantamos o véu, percebemos que nos decepcionamos dolorosamente neste jogo. É maravilhoso fazer as conexões entre o poema e a vida frívola e precoce de Kitty e sua jornada para uma vida mais autêntica.

O jogo das aparências em O Despertar de uma Paixão

Kitty Garstin rejeitou vários pretendentes na crença de que alguém melhor ainda estava por vir. Sua mãe (Maggie Steed) está cada vez mais preocupada com suas perspectivas.

Kitty recebe uma proposta de casamento de um homem que ela acabou de conhecer. Walter Fane (Edward Norton) é um jovem médico que está em Londres, licenciado de seu trabalho como bacteriologista em um laboratório civil em Xangai.

Ele fica maravilhado com Kitty (Naomi Watts). No entanto, para ela, ele simplesmente resolve seu problema de conseguir se casar rapidamente. Quando se mudam para Xangai, Kitty se apaixona pelo vice-cônsul inglês Charles Townsend (Liev Schreiber), e eles têm um caso.

O cônsul brinca com ela e não tem intenção de formalizar sua relação. Quando Walter descobre sua infidelidade, em um ato de vingança, ele a leva para um remoto vilarejo na China devastado pela cólera, aparentemente para fornecer ajuda médica.

Redescobrir o outro

O Despertar de uma Paixão é uma história de amadurecimento e perdão. Tanto Walter quanto Kitty compartilham a culpa pelo estado desastroso do seu casamento, mas com as forças que o destruíram, eles aprendem a se reconectar. Kitty cresce trabalhando com órfãos em um convento local.

Walter chega à cidade com a melhor das intenções, mas seus métodos são considerados inaceitáveis ​​quando ele viola as crenças religiosas dos nativos. Ele só avança depois de aprender a trabalhar com pessoas que aparentemente não se opõem ao seu trabalho.

Kitty começa a observar sua coragem e a olhar para ele a partir de outra perspectiva. Pela primeira vez, seu marido a interessa.

O Despertar de uma Paixão

O Despertar de uma Paixão: o casal que se descobre na adversidade

Ao chegar à remota aldeia de Mei-tan-fu, Kitty não tem certeza se os nacionalistas, o tédio ou a cólera vão matá-la primeiro. Não há uma cura rápida para o relacionamento de Kitty e Walter, eles estão absortos na realidade da vida em um inferno que têm como novo lar. São as circunstâncias da sua difícil situação que os levam primeiro a uma paralisação, antes de uma íntima compreensão.

O amor e o desabrochar do amor romântico nunca são simples. Kitty vê as virtudes de Walter: sua devoção aos pacientes, sua bondade, sua moral, descobre o erro de seus hábitos e finalmente se apaixona por ele.

A jornada de Kitty em direção ao crescimento pessoal, quase atingindo a maioridade, realmente é crível devido aos erros que ela comete ao longo do caminho. Ninguém pode dizer que Kitty atingiu a perfeição. Apesar de amadurecer ao longo de O Despertar de uma Paixão, ela aprende após cada fracasso. Ela se torna mais forte, mais sábia.

Kitty nunca foi obrigada a pensar em ninguém além de si mesma. Agora, familiarizada pela primeira vez com o sofrimento real, tudo o que seu marido faz finalmente ganha significado. É uma revelação para o Walter de Norton, que tardiamente descobre que vale a pena conhecer sua esposa, afinal.

Nessa intimidade recém-criada, a paixão surge e Kitty e Walter fazem amor como marido e mulher pela primeira vez em seu casamento.

Uma história de amor atípica

Kitty engravida e, sem saber de quem é o filho, fala sobre isso com Walter. Ele, totalmente arrependido por ter julgado sua esposa com tanta severidade, garante a ela que este filho será deles sem mais perguntas ou censuras.

Alguém poderia ver O Despertar de uma Paixão como uma história de amor atípica. Trata-se de pessoas casadas que nunca deveriam ter se unido para finalmente encontrarem um lugar comum. Kitty procurou alguma emoção fora do casamento, quando na verdade só encontrou vulgaridade e decepção.

Não ter apreciado o marido agora se torna uma infelicidade a ser superada, porque o tempo não está trabalhando a seu favor. Pena que esse conhecimento e paixão tenham vindo com a cólera. No desespero provocado pela batalha contra a doença, ambos conseguem encontrar no outro o que jamais imaginavam que tinham.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Por que o bocejo é contagioso?

Você já ouviu falar dos ecofenômenos? Eles envolvem a repetição automática de palavras ou ações de outras pessoas. Um exemplo de ecofenômeno seria quando vemos alguém bocejar e logo o imitamos. Mas por que o bocejo é contagioso? Existe uma base neural que explica esse fenômeno?

O psicólogo Robert Provine (1986) nos deixou esta frase: “O bocejo pode ter a honra duvidosa de ser, entre os comportamentos humanos mais comuns, o menos compreendido.” Anos mais tarde, conseguimos resolver essa questão através da neurociência? Existe uma única explicação, ou mais de uma? Vamos descobrir.

Por que o bocejo é contagioso?

De acordo com um estudo de Romero et al. (2014), embora muitos animais bocejem, apenas pessoas, chimpanzés, cães e lobos se contagiam com o bocejo. Mas por que o bocejo é contagioso? Vamos explicar o que dizem algumas das explicações mais relevantes:

Por que o bocejo é contagioso?

Ativação da zona motora

Um grupo de cientistas da Universidade de Nottingham (Inglaterra) conduziu uma pesquisa em 2017, publicada na Current Biology, na qual tentava encontrar uma resposta para a questão de por que o bocejo é contagioso.

Segundo os pesquisadores ingleses, essa ação consistiria em um reflexo cerebral, que é ativado justo na área responsável pelo controle da função motora. Assim, de acordo com o estudo, a propensão a se contagiar com os bocejos de outras pessoas teria origem no córtex motor primário do cérebro. Esta área é responsável pela execução do movimento através de impulsos neuronais.

Em que consistiu o experimento?

A pesquisa ensinou um total de 36 voluntários adultos a conter o contágio enquanto assistiam a videoclipes de pessoas bocejando. Posteriormente, todos os bocejos emitidos (inclusive os reprimidos) foram contados.

Através de técnicas de estimulação magnética transcraniana (EMT), os pesquisadores analisaram a possível relação entre a base neural do bocejo e a excitabilidade motora.

Dessa forma, o grupo descobriu que ser mais ou menos propenso ao bocejo contagioso depende da excitabilidade cortical e da inibição fisiológica do córtex motor primário de cada pessoa. Isso explicaria por que há pessoas que bocejam mais e outras menos, e por que há pessoas que se contagiam mais com os bocejos do que outras.

Podemos reprimir o bocejo?

Nós sempre vamos bocejar quando virmos alguém bocejar ou, em vez disso, esse reflexo poderia ser controlado? Segundo os mesmos pesquisadores ingleses, a capacidade de resistir a esse contágio é limitada. Além disso, eles acrescentam que tentar suprimir o bocejo pode aumentar a vontade de bocejar.

Na verdade, através da estimulação elétrica durante o experimento, eles foram capazes de ver como, ao aumentar a excitabilidade motora, a tendência a se contagiar com o bocejo aumentava. Portanto, a resposta é não; não podemos controlar esse contágio porque temos uma predisposição inata para isso.

Compreendendo as causas de certos transtornos

O estudo mencionado pode levar os pesquisadores a determinar com mais precisão as causas de certos transtornos que apresentam aumento da excitabilidade cortical ou diminuição da inibição fisiológica.

Nestes tipos de transtornos – demência, autismo, epilepsia ou síndrome de Tourette… – os pacientes não podem evitar a apresentação de certos ecofenômenos (como o contágio de bocejos), ecolalia (repetição de palavras ou frases do interlocutor) ou ecopraxia (repetição automática das ações do interlocutor).

Em relação a isso, a diretora do estudo, Georgina Jackson, professora de Neuropsicologia Cognitiva do Instituto de Saúde Mental de Nottingham, explica o seguinte:

“Acreditamos que essas descobertas podem ser particularmente importantes para entender melhor a associação entre a excitabilidade motora e o aparecimento de ecofenômenos em uma ampla gama de patologias clínicas relacionadas ao aumento da excitabilidade cortical e/ou diminuição da inibição fisiológica.”
-Georgina Jackson, diretora do estudo-

Além disso, Jackson acrescenta que isso pode ajudar os pacientes com síndrome de Tourette, reduzindo a excitabilidade motora para reduzir os tiques.

Mulher bocejando

Outras explicações: empatia, genética e sincronização

Antes deste estudo, outros cientistas tentaram responder a esta pergunta; muitos deles falaram do contágio da empatia como uma possível explicação. Assim, quando vemos uma pessoa bocejar, inconscientemente sentimos empatia por ela e fazemos o mesmo gesto sem conseguir evitar, como se fôssemos o seu reflexo no espelho.

Essa teoria tem muitos adeptos. Sugere que a capacidade de interpretar como os outros se sentem nos levaria a nos colocarmos no lugar deles ou a nos sentirmos iguais, em um ato tão “primário” quanto este. Isso, por sua vez, nos levaria à tentação de bocejar.

Alguns estudos – que procuram explicar por que o bocejo é contagioso – referem-se à ativação de certos circuitos cerebrais típicos da empatia, que incluem os famosos neurônios-espelho. Esses neurônios atuariam como um reflexo interno dos movimentos que observamos em outras pessoas.

Outra possível explicação para esse fenômeno tem a ver com a comunicação e a sincronização. Em relação a isso, o pesquisador e professor de psicologia Matthew Campbell afirma o seguinte:

“Uma possibilidade é que, em espécies sociais que coordenam seus níveis de atividade, copiar os bocejos pode ajudar a sincronizar o grupo.”
-Matthew Campbell-

Ou seja, a explicação teria sua origem em uma ação imitativa; assim, a cópia do bocejo colocaria o grupo em sincronia. Segundo Campbell, na hora de comer, todo mundo come (comer também seria contagioso), e o mesmo aconteceria com outras funções, como movimentos ou posturas.

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Como a Yoga Transforma Nossa Vida

  Acredito que cada pessoa, incluindo você, gostara de  viver um pouco menos estressado (a) , não é mesmo? Este é um desejo bastante comum. ...